Total de visualizações de página

Professor

Minha foto
Garanhuns, Pernambuco, Brazil
• FORMAÇÃO ACADÊMICA. Instituição: UPE – CAMPUS GARANHUNS Curso: Licenciatura Plena em História (2007) Curso: Pós-Graduação Programação do Ensino de História (2009) ;• EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Em diversas Escolas da rede pública. Período:18 anos

terça-feira, março 18

O QUE OS LIVROS ESCOLARES DE HISTÓRIA NÃO CONTAM: Delmiro Gouveia Industrial brasileiro Biografia de Delmiro Gouveia:


Delmiro Gouveia (1863-1917) foi um industrial brasileiro. Pioneiro pela instalação de uma fábrica nacional independente no Nordeste brasileiro. A Fábrica de Linhas Estrela era um modelo para a época. Explorou o potencial energético da Cachoeira de Paulo Afonso com a construção da primeira usina hidrelétrica do Brasil.
Delmiro Gouveia (1863-1917) nasceu na Fazenda Boa Vista, em Ipu, Ceará, no dia 5 de junho de 1863. Filho de Delmiro Porfírio de Farias e Leonilda Flora da Cruz Gouveia. Seu pai foi como voluntário lutar a Guerra do Paraguai e não mais voltou. Sua mãe vai para o Recife onde liga-se afetivamente ao advogado Meira Vasconcelos, seu patrão. Em 1878, Delmiro fica órfão e com quinze anos arranja seu primeiro emprego, como condutor e bilheteiro do bonde que ia de Apipucos para o Recife. Em 1881, trabalha como caixeiro. Em 22 de agosto de 1883, casa-se com a filha do tabelião da cidade de Pesqueira, interior de Pernambuco, Anunciada Candida (Iaiá), com apenas treze anos de idade.
Delmiro volta com a esposa para o Recife. Insatisfeito com o rendimento de seu trabalho, resolve mudar novamente de profissão. Entra para o comércio de couro. Em 1889, passa a trabalhar para o americano John Sanford, intermediário de um cortume da Filadélfia, que se instalou no Recife. Delmiro desenvolveu seu inglês e se tornou o melhor empregado do americano. Em 1892, assume a gerência da filial, mas a empresa não atinge o lucro esperado e termina fechando. Delmiro vai para Filadélfia, adquire as instalações do escritório e em 1895, volta como patrão. Mais uma vez a empresa fecha as portas.
Em 1898, instala um Mercado Modelo no terreno comprado ao Derby Club. Uma área de 129 metros de comprimento, 264 boxes com balcão de mármore. Delmiro manda erguer um palacete perto do mercado e vai ali morar. Na época, o poder político em Pernambuco estava nas mãos de Rosa e Silva, vice-presidente da República. Desligado dos políticos dominantes, Delmiro era visto como ameaça aos grandes interesses agrícolas. Constantemente tinhas suas mercadorias apreendidas. Delmiro Gouveia recebe ameaça de morte e no dia 2 de janeiro de 1900, seu mercado é incendiado e reduzido a cinzas. Delmiro é preso, por ter agredido o vice-presidente. No dia seguinte um habeas corpus restitui sua liberdade.
Em 1901, Iaiá abandona o palacete do Derby e retorna a casa dos pais, em Pesqueira. Delmiro volta ao comércio de couro e constitui nova firma a Iona & Krause. No dia 21 de setembro de 1902, foge com uma jovem menor de idade e se escondem na Usina Beltrão. No dia 2 de outubro a jovem é resgatada pela polícia e Delmiro foge num vapor e desembarca em Penedo, Alagoas. Com poucos recursos Delmiro inicia a construção de um império. Manda buscar a jovem que havia raptado, Carmélia Eulina do Amaral Gusmão. Com ela tem três filhos, Noêmia (1904), Noé (1905) e Maria (1907). Sua firma prospera, a Estação da Pedra transforma-se num grande entreposto comercial de peles de bode e carneiro.
Delmiro Gouveia parte para o próximo passo, a exploração do potencial energético da Cachoeira de Paulo Afonso. Foram dois anos de trabalho intenso e em 1913, é inaugurada a primeira Usina Hidrelétrica do Brasil. No dia 5 de junho, sua fábrica inicia a produção de fios e linhas Estrela. Em pouco tempo exportava para o Peru e Chile. Foram abertas estradas, construída uma vila operária, escolas e seus funcionários recebiam vários benefícios. A Fábrica de Linhas Estrela era um modelo para a época.
O poderio econômico de Delmiro estava ameaçado pela Machine Cottons, poderosa fábrica inglesa. Operando no mesmo ramo da Fábrica Estrela, propôs a Delmiro a compra de suas instalações. Ameaçado também pelos "coronéis" que exploravam as terras sem benefícios para a coletividade. No dia 10 de outubro de 1917, às 8h30 da noite, Delmiro Augusto da Cruz Gouveia estava em frente ao seu chalé, perto da Fábrica da Pedra, quando foi assassinado com três tiros.
FONTE: www.e-biografias.net/delmiro_gouveia/

Nenhum comentário: